Pãozinho ficou 1.122% mais caro desde o início do Plano Real

De lá para cá, o Brasil conseguiu atenuar a variação de preços e em 1999 instituiu uma meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central.

A meta deixou de ser cumprida em quatro anos (2003, 2004, 2016 e 2018), mas em nenhum patamar que chegasse perto de ressuscitar o dragão da inflação.

Ainda que a grande herança do Plano Real seja a inflação controlada, a nota de R$ 1 não compra hoje mais os mesmos itens de julho de 1994.

Para começar, encontrar aquela nota de R$ 1 é uma raridade após o lançamento da segunda família de cédulas, em 2010. Desde então, o menor valor de face das cédulas produzidas pela Casa da Moeda é de R$ 2.

As moedas de R$ 1 ainda circulam e teriam hoje o valor de R$ 5,69 com a correção da inflação.

Produtos que se tornaram "ícones" da perda de força da inflação, como os iogurtes, também viram seu valor subir.

Famílias que antes não tinham acesso ao produto começaram a comprar com os novos preços em real e as vendas dispararam. Desde então, o preço do iogurte subiu 138%, em média.

Caro mesmo ficou o pão francês, que subiu aproximadamente 1.122% desde o início do Plano Real.

Naquela época, você entregava uma moedinha de R$ 1 e voltava com um saco com 11 pãezinhos. Hoje sua moeda não compra nem uma unidade do mesmo produto.

E que tal encher o tanque do carro com R$ 33? Em julho de 1994, com o litro da gasolina a R$ 0,55, era tranquilamente possível encher um tanque de 60 litros. Hoje, com o preço médio em R$ 4,45, você vai precisar de R$ 267.